É o que aponta Gabriela Vuolo, do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana. Ela destaca que, embora a Constituição tenha dispositivos de proteção das crianças de apelos para o consumo, ainda não há uma lei específica para o assunto no país.
Em artigo, Gabriela conta que recentemente o Instituto Alana firmou um convênio com o Observatório de Mídia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) para um monitoramento da publicidade direcionada ao público infantil.
A primeira medição, feita nas semanas que antecederam o Dia das Crianças, verificou que 64% de todas as publicidades em 15 canais de televisão foram direcionadas ao público menor de 12 anos. Um único fabricante de brinquedos chegou a anunciar aproximadamente 9 mil vezes.
Além de produtos infantis, também estão em comerciais voltados para crianças produtos como carros, celulares, cosméticos, roupas e eletrodomésticos. Enquanto isso, o Projeto de Lei 5.921, de 2001, que trata sobre a regulação da publicidade infantil, completou este ano 10 anos em tramitação na Câmara Federal.
Gabriela diz que o texto do PL precisa ser ajustado, destacando que as contribuições devem visar o "redirecionamento das mensagens mercadológicas aos adultos". Ela explica que "os pequenos ainda estão em fase de desenvolvimento e não compreendem as complexas relações de consumo", sendo "facilmente seduzidos pela linguagem da publicidade". (pulsar/carosamigos)
gr
23/12/2011
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